Faltam apenas cinco minutos , cinco longos minutos para terminar mais um cansativo dia de trabalho. Os segundos são contados um a um:
- Será que o relógio está certo? Não está parado?!;
dizia ele todo ansioso para sair. Afinal era Sexta-feira, dia de bebemorar,
fugir do marasmo do dia-a-dia, do cotidiano, da monotonia. E as gatas? As gatas
estão à espera para uma noite inesquecível. Sua boca já sente o gostinho da
“loira gelada” e da boca da companheira que já deve estar a sua espera toda
arrumada e perfumada. Quatro minutos, ainda faltam quatro minutos. O relógio
não quer colaborar, é impressionante.
De repente, o patrão o manda
pegar a escada, subir e buscar uma mercadoria estrategicamente guardada no
ponto mais alto e mais difícil de pegar. – “Isso é lugar pra se guardar alguma
coisa? Em outro planeta? ‘Né brinquedo não’”. - diz nervoso enquanto vai buscar
a escada e cumprir o que seria o seu último a fazer no presente dia de
trabalho. Lá está ele, a dois minutos do fim do expediente, no penúltimo degrau
da escada, quando esta vira e... desmorona seu passeio, sua cerveja, sua gata,
sua vida... O tombo é espetacular, digno de se mostrar nesses programas de
“realit show” de gosto duvidoso que passam atualmente na TV. Voa mercadoria
para todo lado, e com elas a esperança de um magnífico final de semana:
-
E agora? Dancei legal.
Lá vai ele, Sexta-feira, fim
de expediente, dia de bebemorar, para o hospital, e o
pior, a gata não foi avisada, sua vida corre perigo, a
garota é brava, luta capoeira... o motorista da ambulância está com cara de
poucos amigos e que também queria tomar “umas”, ele se desespera. Vê a gravidade
de sua situação. Há poucos minutos estava pronto para sair, aproveitar a vida,
agora está em uma ambulância a caminho de um hospital, e o pior, com um “louco”
dirigindo. É, realmente “Viver é muito perigoso...”.
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